A presença de ruído em sala de aula unida a uma acústica inadequada são alguns dos fatores que tornam o ambiente de trabalho do professor desfavorável. A exposição de aulas em sala, quando competida com ambientes ruidosos, além de ser estressante, pode trazer também alterações vocais para os docentes. A iniciação científica desenvolvida pela graduanda em Fonoaudiologia Tarciane Machado Miranda e que é parte do Mestrado da professora Cristiane Oliveira no programa Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho da FAMEB (UFBA) objetiva investigar os desfechos desse ruído ambiental e da reverberação, obtidos pela mensuração direta na sala de aula nas seguintes condições: A) sem revestimento acústico; B) com revestimento sustentável de baixo-custo; C) com revestimento padrão de referência.
A coleta dos dados teve início em Agosto e integra o projeto piloto, que prevê para este primeiro momento, apenas, a condição “A” (sem revestimento acústico). Nesta, estão sendo realizadas pela estudante a aplicação do TCLE, gravação de voz dos professores antes e depois das aulas, aplicação de questionários, além da medição de ruído na sala escolhida para o estudo. A pesquisa propriamente dita terá início no semestre letivo subsequente e para ela será repetida a condição A e realizadas as condições B e C. Os resultados serão apresentados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de modo a propor a implementação de modelos de conforto acústico sustentáveis, acessíveis e de fácil execução, que contribuam para a melhoria das condições de trabalho docente nos projetos arquitetônicos escolares.
