Há solução para os problemas do trabalho docente?

Estudos realizados no mundo todo apontam a associação entre trabalho e adoecimento docente. Professoras estão mais suscetíveis pois, além de fatores pessoais, do ambiente e da organização do trabalho, ainda apresentam jornada dupla, o que as expõem ainda mais a doenças. O TRASSADO busca dar visibilidade a esses achados, de modo que se invista em políticas públicas voltadas para melhores condições de trabalho e saúde da categoria.

 

 

Profª. Drª. Tânia Araújo (UEFS)

Dentre as pioneiras em estudos sobre saúde e trabalho docente na Bahia, tem-se como referência a Profª. Drª. Tânia Maria de Araújo, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), que desde o final dos anos 90 se debruça sobre a questão. Em artigo elaborado por ela, com a colaboração da Profª.  Drª.  Paloma Souza Pinho (UFRB) e Profª.  Drª. Maria Lúcia Vaz Masson (UFBA), discute-se sobre trajetórias das investigações, avanços e desafios do trabalho e saúde de professoras e professoras no Brasil.

 

E o que encontraram?

 

Reafirmaram que as condições do ambiente e organização do trabalho são precárias e que tal situação tem afetado a saúde de professores, a exemplo das doenças osteomusculares (LER/DORT), problemas de saúde mental (síndrome de Burnout, alterações emocionais) e alterações vocais.

 

E você, professor?

Talvez você nunca tenha refletido sobre os impactos que sua profissão pode causar à sua saúde. Ou talvez já tenha identificado determinados problemas em seus colegas ou em si mesmo.  Você ainda pode achar que nada tem sido feito para que esse quadro possa mudar. Mas, o artigo “Trabalho e saúde de professoras e professores no Brasil: reflexões sobre trajetórias das investigações, avanços e desafios” das autoras supracitadas, mostra a preocupação dos pesquisadores em relação às condições de trabalho da categoria docente.  É um artigo que leva a refletir sobre a importância de criar estratégias de mudança do cenário. Mas, para que isso aconteça, é necessário união e ação entre todos envolvidos nesse processo.

Professor, qual tem sido sua posição frente a isso?

 

Recomendamos a leitura do artigo e gostaríamos de saber sua sugestão para que possamos avançar juntos (pesquisadores e professores) na luta por melhorias das condições de trabalho e saúde desta categoria que é forte, mas tem sido historicamente desvalorizada e negligenciada. 

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